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Eu estava pensando em escrever sobre o jogo Wings of Glory, da Ares Games, mas ao fazê-lo, notei que antes precisaria escrever sobre o jogo Wings of War, da Nexus Editrice SRL, que o precedeu.

Tanto um quanto outro tem versões para a Primeira Guerra Mundial e para a Segunda Guerra Mundial, e é importante notar que elas não são compatíveis entre si, e, embora tenham a mesma base, o movimento regulado por cartas, as mecânicas de danos são completamente diferentes, com a versão da Primeira Guerra usando cartas e a da segunda usando peças para distribuí-los.

Como só joguei a versão da Segunda Guerra, vou me ater à mesma. O módulo básico, chamado de Wings of War – Dawn of World War II, conta com elementos suficientes para 6 jogadores simultaneamente. Além disso, foram lançados 4 expansões na forma de pacotes de cartas, que basicamente somavam mais tipos dos mesmos aviões, e possibilitavam que mais jogadores jogassem simultaneamente (limitados apenas pelos consoles de controle), e mais um módulo de “grande porte”, Wings of War – Fire From the Sky, que basicamente apresentava as regras para bombardeiros de mergulho (mas era um módulo completo – mais aviões, peças de danos, consoles de controle, etc…). Havia, também, um módulo inicial com 4 miniaturas e os demais materiais necessários ao jogo.

Já haviam sido anunciados módulos para bombardeiros médios (bombardeio de nível) e aviões que apareceram mais para o final do conflito, mas esse módulos nunca viram a luz do dia.

O jogo, com o que foi publicado, possibilita combates, principalmente na época da Batalha da Inglaterra, e dos combates aeronavais do Pacífico. Como houve uma ligeira concentração no teatro de operações da Europa (nas expansões publicadas), eu me concentrei nesse aspecto, quando passei a comprar miniaturas.

Miniaturas – Esse é um ponto importante, pois tem uma veia de coleção, e, portanto, eu achei que nunca iria tentar, mas, acabei testando, e depois não havia mais como jogar sem as miniaturas. Mas como o objetivo era simular combates de esquadrilhas, comprei mais de uma miniatura dos aviões que me interessavam, e não tentei comprar todas as disponíveis. Note que as miniaturas não são indispensáveis ao jogo.

O jogo é simples, rápido e bem divertido. Basicamente, você posiciona os aviões, e cada jogador escolhe as manobras para seu(s) avião(ões) (na forma de cartas de manobras), que são apresentadas e executadas simultaneamente. Depois da execução dos movimentos, verfica-se se algum avião está em posição de disparar contra os adversários, nesse caso, são selecionadas (ao acaso) peças de dano que são aplicadas ao alvo. Quando o número de danos máximo do alvo é atingido, ele está destruído. Existem peças de danos críticos, que causam danos mais extensos, e podem inclusive causar a explosão imediata do alvo. Portanto, o jogo é sempre bem tenso, cheio de decisões a tomar.

Cada partida, dependendo do número e da capacidade dos jogadores pode levar 30 minutos, o que faz com que possam ser jogadas várias partidas por evento, ou que ele seja usado como um filler, para os jogadores eliminados em jogos de maior duração, enquanto esperam para jogar outra coisa.

Enfim, um ótimo jogo, leve, fácil, e com um grande apelo visual (utilizando miniaturas fica sensacional), que recomendo para qualquer jogador que goste de batalhas aéreas, mesmo que não seja um fanático por wargames, e que também é ótimo para introduzir novos jogadores aos wargames.

Infelizmente, o jogo não está mais em produção, e, embora ainda possa ser encontrado à venda no mercado, já perde um pouco do apelo. Mas lembre-se de que comecei a postagem falando do jogo Wings of Glory, que é o sucessor do mesmo, mas esse é um assunto para outra postagem.